Cáritas debate conjuntura do desastre no Rio Doce

Foi realizada nesta quinta-feira, dia 3 de dezembro, na sede da Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais, uma reunião da rede Cáritas em atuação na região da Bacia do Rio Doce – Minas Gerais e Espírito Santo – para realizar uma análise de conjuntura compartilhada e compreender o contexto em que ocorreu a tragédia que destruiu os distritos de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e eliminou a vida aquática no curso do Rio Doce. “Hoje o cheiro que vem do Rio Doce é um cheiro de morte”, declararam os participantes. Houve também exposição sobre as ações que vêm sendo desenvolvidas por cada Cáritas, na perspectiva de unificação do trabalho feito e de entendimentos, e a elaboração de um planejamento conjunto com apontamentos estratégicos, vislumbrando os próximos passos e ações desse coletivo.

O planejamento foi feito a partir de três eixos: ações humanitárias, meio ambiente e linha política. Nele, contempla-se como ação inicial a elaboração de um diagnóstico participativo que propiciará o conhecimento das realidades dos pescadores, pequenos agricultores, ribeirinhos, indígenas e areeiros. O encontro ainda debateu o Gesto de Solidariedade, lançado pela Cáritas Brasileira e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para a região do Rio Doce, oportunizando a participação de todos e todas que quiserem colaborar fazendo doações financeiras para a defesa dos direitos das pessoas atingidas pelo desastre, ocasionado pelo rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco.

O encontro deliberou que todas as ações da Cáritas realizadas em benefício da região do Rio Doce deverão considerar as outras iniciativas que já vêm sendo desenvolvidas por movimentos sociais, frentes, fóruns, poderes públicos e Igrejas. Estiveram presentes na atividade representantes do Secretariado Nacional da Cáritas Brasileira, dos regionais Minas e Espírito Santo e das Cáritas de Colatina, Governador Valadares e Itabira. Também houve a participação especial (via skype) do Pe. Geraldo Martins, da Arquidiocese de Mariana.

Por João Paulo Couto / Assessoria Nacional de Gestão de Riscos e Emergências

Fonte: Cáritas Brasileira

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