A Diocese de Colatina acolheu a invocação do Papa Francisco para realizar a Jornada Mundial dos Pobres. Trata-se de um convite do Santo Padre para que as comunidades cristãs e todas as pessoas de boa vontade levem esperança e conforto aos pobres e colaborem para que ninguém se sinta privado da proximidade e da solidariedade humana.
A Cáritas Diocesana de Colatina e as pastorais sociais da Paróquia Sagrado Coração de Jesus (Catedral de Colatina) realizaram, nos dias 13 e 15 de novembro, ações de cidadania em favor dos excluídos e invisíveis da sociedade. As atividades vão ao encontro da terceira edição do Dia Mundial dos Pobres, celebrado no último domingo (17/11), e da Semana da Solidariedade, organizada pela Cáritas Brasileira, de 10 a 17 de novembro, em todo país.
Vamos conhecer um pouco do bonito trabalho que foi realizado?
No dia 13 de novembro, a Cáritas, por meio do Projeto Salão de Beleza Escola e em parceria com a CRAS Ayrton Senna, ofereceu serviços de corte de cabelos para a comunidade local, além da distribuição de doces para crianças e adolescentes.
No dia 15 de novembro, a Cáritas e a Paróquia Sagrado Coração de Jesus realizaram uma manhã especial com os acolhidos da instituição Pop Rua. A atividade iniciou com um café da manhã especial, preparado pelos colaboradores da Cáritas, seguido de uma roda de conversa e almoço organizado pelas pastorais sociais. Segundo o presidente da Cáritas Diocesana, Amauri Caser, a ação contou com a participação de 54 pessoas, sendo 28 moradores de rua, três colaboradores da Pop Rua e 23 voluntários representantes da Cáritas e das pastorais da Saúde, População de Rua, Carcerária, Misericórdia, Criança, além dos Anjos de Resgate. “Foi muito gratificante. Era visível a alegria das pessoas homenageadas e maior ainda a nossa”, destacou Caser, que também é coordenador das Pastorais Sociais da paróquia da Catedral.
A pobreza no Brasil
Dados do Cadastro Único do Ministério da Cidadania mostram que a pobreza extrema no Brasil aumentou e já atinge 13,2 milhões de pessoas. Nos últimos sete anos, mais de 500 mil pessoas entraram em situação de miséria.
O Nordeste tem o pior cenário, sendo que as maiores taxas a cada 100 mil habitantes são do Piauí (14,087), Maranhão (13,861) e Paraíba (13,106). De junho de 2018 a junho de 2019, Roraima e Rio de Janeiro tiveram o maior aumento da extrema pobreza, com incrementos de 10,5% e de 10,4%, respectivamente. No Distrito Federal, o total de famílias inscritas no Cadastro Único, até junho de 2019, era de 158.280, entre as quais 71.091 com renda familiar per capita de até R$ 89,00 por mês.
Em 2014, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) tirou o Brasil do Mapa da Fome, composto por países em que mais de 5% da população consome menos calorias do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Há o temor, porém, de que o país volte a fazer parte do grupo.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2016 e 2017, a pobreza no Brasil passou de 25,7% para 26,5% da população. O número dos extremamente pobres, aqueles que vivem com menos de R$ 140 mensais, saltou, no período, de 6,6% para 7,4% dos brasileiros.
Fonte: Cáritas Brasileira